domingo, 2 de maio de 2010

5 andar suite #54

Os sonhos podem revelar muitas sensações. O perigo fica iminente quando o corpo manifesta movimentos que delatam as cenas, pelas quais nosso sub consciente nos leva durante o sono. Nossos desejos, até mesmo os sórdidos, os inconfessáveis são permitidos enquanto dormimos.
Essa noite tive um desses. Acordei com os lençóis desalinhados e marcados com o suor do meu corpo. Antes mesmo de abrir os olhos, levei o braço percorrendo a extensão da cama procurando aquele homem que tocou em mim tão unicamente, que me fez ir além do limite.
Era noite. A lua estava cheia, amarela. Tudo pronto para a viagem. As malas , passaporte, passagem, suspirei fundo e guardei na bolsa o gloss e o pequeno frasco de perfume. Entrei no carro rumo ao aeroporto. Na mente milhões de coisas, anseios , medos, saudades. Ao chegar no horário pedido para check in , fui direto para a sala vip. Já estava lá um homem. Apenas eu e ele. Mas que homem era aquele? Moreno, de olhos castanhos que pareciam ter um traço de lápis em volta. Pelo tamanho de suas pernas, mesmo sentado, dava pra ver que ele era alto, devia se aproximar 1.90. E o perfume que usava, mesmo que ficasse embaixo de uma cachoeira, ainda assim, seu perfume se soltaria no ar. Não pude deixar de nota-lo. Ah sim, tinha um detalhe que o fazia ainda mais charmoso. Usava um óculos de haste fina, suponho apenas para a leitura.Quando entrei na sala, ele me olhou por cima das lentes. Acenei em cumprimento gentil, o que me foi retribuído imediatamente com um sorriso. Puxei uma revista qualquer, quando na verdade eu queria mesmo era apenas distrair minha atenção daquele homem. Acho que fiquei mais de 10 min sem virar a página, se quer sem sair do titulo da reportagem que confesso, não faço a menor idéia do que se tratava. O homem parecia tão entretido em sua leitura que mal me notava. Percebi que estava enganada, quando ao me ajeitar na poltrona ele perguntou qual era o meu vôo. Aquela voz entrou em meus ouvidos e por um segundo achei que o chão tivesse tremido. Respondi: Miami. Ele baixou a revista no colo, descruzou as penas e disse, continuando - coincidência. Assim não foi o chão que tremeu, Foi meu corpo inteiro. Senti que meus seios se arrepiaram de maneira tal que , tive que puxar o casaco para cobri-los. Tive a sensação que o homem entendeu a minha reação . Porque me olhou vagarosamente , seguindo todos os detalhes do meu corpo, como se me desnudasse sem pressa. Eu nem me mexia, estava paralisada. Nesse momento entrou na sala uma moça da Cia aérea. Trazia um comunicado. A aeronave que faria nosso vôo iria para checagem, e isso atrasaria a partida em aproximadamente 6horas. Nosso vôo seria transferido para a primeira hora da manhã seguinte. Mas havia a possibilidade oferecida pela cia de pernoitar num hotel, recompensando assim o transtorno. Antes que eu pudesse respirar o homem de quem nem o nome eu sabia, concordou por nós dois e disse: sim, uma suite por favor. A moça, disse que estava indo providenciar tudo e retornaria em minutos. Fiquei perplexa. Então Pedro, esse era seu nome, ouvi quando ele entregou o passaporte, junto ao meu,para a moça da Cia; comentou que eu não precisava ficar constrangida. Fez isso apenas para facilitar e não causar mais demora nos tramites. Mas que a suite tinha acomodação que permitiria privacidade para ambos. Continuei ali sem dizer uma unica palavra. Imaginando como seria passar a noite numa suite de hotel, com um desconhecido que quase tirava o meu fôlego simplesmente por sentir o calor da sua presença ali. Parecia um conto. A moça e informou que já estava a nossa disposição um carro par nos levar até o hotel. Pedro me olhou estendeu a mão em minha direção e disse:
Vamos Angela?
Angela? Esse era meu nome, como ele sabia? Ah ! É claro, o passaporte. Daquele momento em diante meu sentidos diziam que aquela suite de hotel guardaria muito de nós.
Segui seus passos obedecendo cada movimento. Entramos no carro em silencio, seguimos e até chegar na recepção do hotel e apanhar as chaves, nenhuma palavra.
5º andar senhor, suite #54, disse o rapaz. Elevadores em frente. Há bagagem senhor?
Pedro respondeu, não. Segurou minha mão cruzando os dedos, puxou meu corpo mais para perto do seu e caminhou em direção ao elevador. Ainda calados. Chegamos no 5º andar.
Mentiria se disse que estava ingênua ali. Do momento em que nos vimos no aeroporto mesmo que aparentemente dispersos, o fogo que corria pelos nossos corpos era muito mais evidente do que as tentativas que fizemos para conte-lo. Pedro abriu a porta sem soltar da minha mão. Dentro, ao fechar a porta, me virou de imediato contra o batente, puxando o casaco, jogando no chão, torcendo meu braço para trás como um ato de domínio. Prensou meu corpo com o seu e eu senti que ele me queria com fome. Começou me beijando a nuca e colado em mim, percorria minhas curvas com as mãos, pesadas, apressadas, quentes. Eu fui me deixando levar, desabotei o vestido, suspirava baixinho a cada toque dele, de costas sem poder me virar, apenas passei a segurar-lhe o quadril, apertando como podia contra mim, sem dizer, mas demonstrando... "vem". Pedro me pegou nos braços, ele realmente era muito alto, eu cruzei as pernas em volta dele e seu rosto molhado de suor roçou meus seios. Gemi. Ele foi caminhando até a cama me deitou, e em cima de mim transpirava. Abri sua camisa, soltei o cinto de sua calça, sem tirar o olhar fixo daqueles olhos desenhados. Ele se livrou de tudo rapidamente. Flexionou minhas pernas, afastou-as o mais que pode e começou a me sugar. Fazia movimentos circulares com língua sem chegar no meu clitóris, o que me deixava sem ar; eu segurava sua cabeça entre minhas pernas e puxava de leve insinuando que não parasse. Pedro então passou a lamber minhas entranhas e levar a boca para me engolir inteira, friccionava com força a língua dentro de mim, e eu contraia com intensidade. Depois me sugava, mordiscava e colocava seus dedos por dentro, tudo ao mesmo. Eu levava meu quadril pra cima e para baixo, a respiração ofegante estava delirando de tesão. Pedro merecia um pouco de mim também. Pedi que se virasse para que eu pudesse experimentar seu gosto. E ele me deu. Todo. Fizemos um 69 delicioso, seu falo cabia inteiro em minha boca e eu tinha sede dele. Lambia por dentro por fora , pelas curvas de sua virilha, por baixo de suas bolas firmes, acariciava com as mãos e de vez em quando deixava a saliva escorrer da boca. Pedro gemia. Transpirávamos tanto que escorregávamos de nossos próprios corpos. Havia um recamier no quarto. Pedro me carregou até ele. Estava praticamente em pé. Apoiei os braços no encosto e, de costas com uma perna em cada lado do sua profundidade estava pronta para que ele, Pedro, me tomasse por trás. Ele veio, beijou minhas costas, segurou meus seios, arrepiados, desceu com a ponta dos dedos meu abdomem, passou a mão por entre minhas pernas, abriu delicadamente minha fenda e colocou dois dedos, pressionou. Eu estava tão molhada, que Pedro arrastou com os dedos meu sumo e lubrificou o que logo seria seu. Segurou firme meu quadril, ajoelhou-se no assento do recamier e veio pra mim. Colocou seu membro teso , e foi empurrando pra dentro devagar, circulando o meu quadril com as suas mãos e dizendo baixinho... Gostosa.. Aquilo me deixava ainda mais excitada. Eu pedia para ele ir até o fim. Quando sentiu que não sobrou nenhum espaço que ainda não tivesse alcançado, Pedro começou a estocar. Eu gemia de prazer. Aquele homem me tomava inteira , completa e eu não queria que parasse nunca. Com meus dedos, me masturbava junto com as estocadas de Pedro. Ele gemia tão alto e me chamava de vadia, eu respondia sim, vadia , vadia, vadia .. quase sem ar. Pedro foi até o gozo, e me levou com ele. No chão, lado a lado, buscávamos recuperar o ar. O coração saltava pela boca, os olhos brilhavam como cristais, e os corpos...bem os corpos possivelmente se tocariam outra vez. Pedro me olhou, soprou ar quente de seus pulmões na minha pele, fechou os olhos e ficou ali, extasiado de prazer. Eu também fechei os meus olhos e quando acordei, no meu quarto, na minha cama, estava tentando encontrar em vão aquele homem, o seu cheiro, seu corpo.



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